Aproveitando que hoje é 1º de Abril... Vamos falar de mentira??? Pensem muito antes de mentir descaradamente para seus filhos ou na frente deles. É fundamental a relação de confiança que temos que ter com nossos filhos, é uma segurança que eles criam para sempre contar a verdade e se apoiar em seus pais e familiares. Vamos ler um pouco a respeito?!
É muito comum, quando a criança conta uma mentira, os pais ou professores tenham atitudes que promovem essa crença infantil de que ela é “transparente”. A criança pequena tem a impressão de que seus pensamentos e sentimentos podem ser observados pelos mais velhos através do seu corpo. Ela não é capaz de perceber que o adulto descobriu que ela mentiu porque “leu” os sinais e chegou a uma conclusão contraria daquilo que a criança está afirmando.
Vamos dar um exemplo: a criança está com a boca suja de açúcar ou mesmo chocolate e a mãe, como se desconhecesse, pergunta: “você comeu o bolo de chocolate antes do jantar?” A criança responde que não, e a mãe logo diz que vai olhar dentro dos olhos dela e descobrir a verdade. E assim faz, dizendo para a criança que seus olhos estavam mostrando que ela havia comido sim, que “os olhos” não mentem jamais.
Outro exemplo: a criança que fala que tomou banho e na verdade não tomou. A criança acha que o adulto tem o dom de saber tudo. Afinal, o que é mentir? É afirmar algo que a pessoa sabe ser contrário à verdade, é distorcer propositalmente a verdade. A criança considera que é mais sério mentir a um adulto do que a outra criança, por que o adulto pode puni-la e uma mentira é considerada mais grave quando não se pode acreditar nela. Dizer que estava na casa do colega, sendo que não estava.
Os professores que trabalham com educação infantil se deparam frequentemente com a “pseudomentira”. Muitas vezes a criança mente por autodefesa pelo temor de ser castigada. É o caso da criança que diz não ter quebrado o brinquedo do irmão porque sabia que não deveria ter brincado com ele, e teme a punição, caso seja descoberta.
Se os adultos querem que a criança construa o valor honestidade, primeiramente devem estar preparados para ouvir tanto as verdades agradáveis e as desagradáveis também. Quando a criança é punida ao contar a verdade, ela vai tentar numa outra situação mentir para escapar da punição. Assim, ao interagir com o meio, a partir das vivências que tem com as pessoas e as situações a criança vai construindo seus valores morais, experimentando a validade ou não de normas que foram ensinadas pelos adultos.
Os adultos tem o dever de ensinar as crianças para sempre contar a verdade e não precisa mentir. Certa vez, a professora chamou a mãe de um aluno seu, dizendo que ele havia pego alguma coisa da sala, mas que não admitia. A mãe, quando chegou em casa disse para filho: “acho melhor você não mentir, por que se falar a verdade vai apanhar só uma vez, se mentir apanha também, só que duas vezes.”
Quando a criança conta verdades desagradáveis ou confessa uma falha, o adulto pode dizer-lhe que não gostou do que ele fez e comentar sobre sua atitude (e não puni-la), mas apresentar que está satisfeito pelo fato de que, mesmo sabendo que ele não aprovaria, ela ter preferido contar a verdade a mentir.
A criança também não deve ser estimulada a mentir sobre seus sentimentos, quaisquer que sejam: positivos e negativos. É muito comum, a gente ouvir dos adultos que “homem não chora”, o seu nariz vai crescer igual do pinóquio. “Jesus fica triste com a criança que mente”, etc.
Não se deve mentir para não romper o vínculo de confiança existente em qualquer relação. A confiança é quebrada quando se diz coisas que não são verdadeiras. Se as pessoas começarem a dizer coisas que não são verdades, que não aconteceram, uma às outras, vai chegar uma hora em que não se poderá mais acreditar nelas.
(Fonte: www.guiameubebe.com.br )
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